Tifli Camarada Camarão

Pichação no Rio de Janeiro

Tifli camarada Camarão

Roda Cultural

Total de visualizações de página

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Uma cor Esbaforida de Pólvora




Sou uma cor esbaforida pela dor dos tumbeiros que nos comiam sem nos dizer o porque...

É pele que se perde numa imensidão da tristeza... já não sei o que sou... Negro? Mulato? Mameluco? Cafuzo? Sou a mistura de dores extraídas da pele dos meus antepassados....

Sou uma cor esmagada pela construção que me consome, se transforma, transforma, cresce, engole os pequenos que já foram grandes... É a arte de escravizar, sois escravos dos mesmos senhores que atuam como no passado, vestidos de bons moços...

Ainda a tempo de não mais se perder diante dos canos frios que ao esbaforir suas pólvoras entram em estado de ebulição...

Hoje são negros amarrados sem cordas... Sem senzala... Presos nas repartições divisórias perdidas numa máquina de fazer destruição em massa...

Até aqui sou negro que saiu do ventre de uma negra... sofrida como peneira, que separa o joio do trigo... É negro que não se encontra dentro de um mundo perdido na ideia de genocídio... Hoje sou negro, sou consciência, necessária para sobreviver numa sociedade que ajudei a construir...
Sou uma cor esbaforida pela dor dos tumbeiros que nos comiam sem nos dizer o porque...

É pele que se perde numa imensidão da tristeza... já não sei o que sou... Negro? Mulato? Mameluco? Cafuzo? Sou a mistura de dores extraídas da pele dos meus antepassados....

Sou uma cor esmagada pela construção que me consome, se transforma, transforma, cresce, engole os pequenos que já foram grandes... É a arte de escravizar, sois escravos dos mesmos senhores que atuam como no passado, vestidos de bons moços...

Ainda a tempo de não mais se perder diante dos canos frios que ao esbaforir suas pólvoras entram em estado de ebulição...

Hoje são negros amarrados sem cordas... Sem senzala... Presos nas repartições divisórias perdidas numa máquina de fazer destruição em massa...

Até aqui sou negro que saiu do ventre de uma negra... sofrida como peneira, que separa o joio do trigo... É negro que não se encontra dentro de um mundo perdido na ideia de genocídio... Hoje sou negro, sou consciência, necessária para sobreviver numa sociedade que ajudei a construir...

domingo, 9 de setembro de 2012

Leituras Através dos Pontinhos.




Na imensidão do livro... Desemborcado pelo romance... Passando pelo drama... Chega a tragédia...

É puro sangue que desse no descompasso do meu paladar... Como consigo? O leio através dos pontinhos que significa algo mais que enxergar...

Já são algumas horas dessa terrível madrugada que não acaba, não chega esse dia tão cansativo que mal espero que acabe...

Um suspiro... Uma leitura... Várias baforadas num charuto que já nem parece exalar um odor aromático... Estou embriagado com alguns copos de um vinho barato... É o que dava para ser comprado..

É pura leitura, já não sei mais que página estou? Sinto-me desesperado... Minha mente deseja continuar... Meus olhos mais do que tudo necessitam de pausa... Quem sabe meses para refletir sobre o que ando lendo...
 
Consome-me sem me dizer para que veio... Suga-me sem me pedir perdão... Pobre leitor... Sou da geração que não está acostumada com inúmeros e inúmeros espaços de concatenações de palavras... Não as entendo... Socorro... Resolvi pedir ajuda ao mais iletrado dos mais humildes...

Então viestes, o mais humilde dos mortais... Tu eis amigo de minha mãe, que já fora minha avó... hoje serve-me como pai...

Ando-me cansado pobre caçador de palavras... Estou fraco, tenho medo de não conseguir se quer terminar esse admirável livro...

Não se preocupe caro jovem das pernas acinzentadas... É sinal que as palavras já te consumiram... Não crie resistência, apenas leia até sua mente se desfazer num submundo, onde só os verdadeiros poetas sabem viver... 

Wagner Maia.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Esperança de Fevereiro... Brilho de Outubro..


 

Flor que se carrega no ventre, nove, oito há quem diga sete meses...

Rosa que se alimenta nos seios, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze... há que diga o dobro...

Luz que se guia, exempla, há quem diga briga... Numa só fala, um beijo mesmo que na face superior no mais incandescente dos olhares...

Rosa que se faz em fevereiro... com muito amor a dois... Expõem para esse mundo de escarnecidos monstros... Um anjo que vem para todos nós em outubro...

Esse último mês, é que se reconhece o quanto estamos frágeis... O quanto somos meigos... o quanto somos bobos, com um simples falar: é meu anjo...

Mesmo sabendo que esse anjo... criastes azas futuramente... Ganhastes o mundo tão grande com suas dimensões bucólicas e malvadas... O que digo para meu anjo? Que nossos becos e ruelas, tens as mais perversas das malvadezas?

Que o príncipe encantado se transformará no mais cruel dos imortais desumanos? Que mesmo sabendo que sois seu único guia...

O mundo de extrema maldade... Quantas primaveras terão que dizer as mais promissoras das falas de ânimos, para que ti vejas mais feliz que a primavera anterior?

Não sabes? Então vos digo, tu és minha rosa de fevereiro, meu brilho de outubro... Tu és minha para sempre, mesmo sabendo que desgarrastes de mim brevemente... 

Wagner Maia da Costa.

sábado, 25 de agosto de 2012

Rosa e Labuta!



Acordado meio sonolento pensando nos próximos passos, rumo ao desespero de simplesmente não conseguir andar mesmo que esteja numa máquina de rodas....

Garganta sufocada, como se existisse algo preso no meu passado que condenasse meu presente e deixar incógnitas para meu desesperado futuro...

Que mundo de desespero é esse que num simples falar oi, perco meu controle, viajo mundo na busca de um simples mau humor, que me alimenta... Sufoca-me... Não é sexo... Já não tenho mais força... Não é desejo... Já não tenho pele.. O que é então? 

É algo desgraçado que me consome.. Transformando-me  num zumbi. Desencarnado pelos monstros que jamais estiveram sobre meu controle...  

Sim caro mortal é mais do que isso... É troço duradouro... Jamais fora embora... Todos dizem que estou errado... Não me importa, sigo nesse caminho que eu mesmo acho que não tem volta...

Já pensei que fosse melhor um de nós morrer... perdoa-me Pai de todos nós... Não sei o que digo... Dissestes para mim que jamais me abandonaria... Não confio mais em ti...

Somente no meu desespero... prestes a fazer algo tão mortal quanto colocar uma rosa na labuta de um assassino desenfreado, que é tão frio, sua pele já não soa, mesmo que esteja escaldado pelo desespero do dia- dia...

Wagner Maia da Costa....


sábado, 18 de agosto de 2012

Entre uma Dor e um Encanto. Entre o Samba e a Solidão!


Ancorado num tempo... Perdido entre as perdas e o que me resta...

Laços de negra, negra é... Não me escondo também não me faças declarar um amor escondido entre os dedos de uma paixão e uma solidão repentina...

Eterna perda que me fazes acordar antes do brilhar ensolarado, para que eu me sustente... Não tenho mais seus conselhos... Mas guardo os que ainda recordo...

Uma legião de eternos desencarnados que se foram e nos deixaram um cheiro de compaixão; ternura e muita saudade...

Por isso digo, negra não se encolha... lute, pois o brilho dos seus olhos encanta o mais puro dos inocentes e o mais malvado dos destemidos...

Assim, rasgada numa nuvem de belos pés de samba... sente-se como se estivesse nas mais belas das montanhas ao ouvir tal gênero musical...

Pobres sambistas... Esses rã, não conhecem o encanto dessa bela sambista que por de trás de excesso de melanina, se esconde a mais calma das vozes rocas e a mais bela das amizades cotidianas...

Ando pelos seus passos... Olho pelos seus olhos... choro pelo seu coração... Sorrio Pelos seus sorrisos... Obrigado por cada passo, olhares e sorrisos eternos, mesmo que sua carne não estiver entre nós...

Wagner Maia dedicado a querida amiga Juliana Angelo...



terça-feira, 7 de agosto de 2012

Um olhar desnudo, estremece meus poros!


UM blues de trilha sonora, enquanto tu me desnuda com seu olhar...
Vou suave ao teu encontro, para juntar nossas chamas e fazer um lindo alvorecer...
Se me olhas de jeito incandescente, estremece meus poros, lacrimejando suor...

Uma mistura de odor e desejo de vê-la cada vez mais desnuda na minha frente... Que pena, meus olhos tampados com algumas cataratas... fecham-se quando ver um vulto...

Se meus desejos de tê-la sobre meus ombros, dar-me criatividade de escarnecer minhas mãos, com trabalho manual de todos os operários de uma pobre fábrica...

Deve ser porque sua pele bronzeada dar inspiração a quaisquer sujeitos desengonçados... perdidos pelas leis da metafísica que não os deixam transcender entre o mundo do desejo e o da realidade...

Pobre homem com pele marota... Mãos sofredoras, mente doentia... Muitos dizem que é amor, outros loucura... Mas, todos admitem, é desejo.. 


   
Tatiana Costa, Wagner maia

domingo, 5 de agosto de 2012

O que diria, quem nada diz?


Pensando nas agruras de uma fissura, que se virá-la se transforma num começo desesperador...

Pensado num grito desesperador... Pensando numa fala incandescente... Pensado num silêncio que nos aprisiona e nos transforma em seres apolíticos... 

Aaaaa, o que diria os mudos com suas falas particulares, se comunicam e se expressam nessa imensidão das falas confusas?

O que diria os artistas... com suas expressões cada vez mais restritas ao seu meio... Ó meu santo, porque não os entendemos? Talvez precisamos de novos representantes....

O que diria as crianças, na imensidão dos mares tentam encontrar forças para tirar toda água daquela bacia sem fim?

O que diria os loucos... com suas atitudes que nem eles mesmos as entendem?

O que diria os acadêmicos, com suas verdades que a todo o momento estão sendo desmascaradas?

Aaaa, o que diria os poetas... Esses que só pregam mentiras... Deve ser por isso, que todos acreditam neles...

Aaaa, o que diria... das mentiras... que quando falada carinhosamente eu acredito? O que diria seu silêncio que num só olhar eu a entendo? O que diria meu futuro se nem sei se estou vivo no presente? Ele diria, olhe os passos, pois só eles os levará para o céu, ou para o inferno... 

Wagner Maia 




quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Aprecio Seus Passos, Através de Seus Sorrisos!



Que passos têm, que não ando mesmo me movimentando?

Movimento? Não ando faz meses... Não falo faz dias...Não como faz horas... Não beijo faz tempo...Olha que os candidatos aparecem e desaparecem a todo o momento...

Pronto cheguei num caminho em que os descaminhos me maltratam... Desencantam-me... Andarei para qual rua, se todas tem um mesmo fim e sentido?

Se meus passos me embaralham, então me guiarei pelos passos daqueles que têm nos passos, os descompassos dos desalienados carinhosos...

Hora senhorita do sorriso encantador... Eu como homem lhe digo, guia-se pelos meus passos, pois só eles tem um descompasso amoroso...

Olha só, quantas audácias... Como encantar quem me encanta só com um simples sorriso... Um simples andar... Um simples dizer... Oi querido?

Bom, não sei responder essas perguntas... Sei que um encanto só tem encanto, se os demais encantadores se encantarem com os encantos da vida... Por isso que me encanto com seu sorriso simples, mas especial... 

Wagner Maia...

terça-feira, 31 de julho de 2012

Os Matutos Acadêmicos, ou Acadêmicos Analfabetos?



Por que me criticas... Têm-se as mesmas capacidades de um Gramático?

Por que dizes que seu português, inglês ou quem sabes Alemão, é melhor do que meu simples falar caipira?

Por que, para se sair melhor com os que iguais a ti, querem cada vez mais se sentir melhores ao verem uma fala não se enquadrar aos moldes dos que execram a diversidade?

Se as palavras dos poetas fossem perfeitamente enquadradas nos mais perfeitos ou errados moldes da ortografia, perderíamos o encanto do falar poético.

Óoooo, matuto das falas acadêmicas... Pensa que eis melhor, só porque sabes colocar uma vírgula ou até mesmo uma pontuação... esquece-se das acomodações gramaticais que temos, no nosso dia-dia, e na luta permanente.

Felizes são as crianças... que falam tudo errado... mas certo e houve tudo certo mas errado... e não esquentam com erros gramaticais... muito menos em se enquadrar no mundo desiludido dos adultos...

Óoooo como felizes são vocês futuros enclausurados nas falas matutas, dos acadêmicos analfabetos...

Wagner Maia....

domingo, 22 de julho de 2012

Poetas somos todos nós, ou Todas nós. Nos Terrenos (vadio) Poético.



Vai que poetas e poetisas somos todos nós, que entre agruras e abortos de sonhos, florescem cactos com flores...
Que não adocicam seus cantos, por meros sonhos rotos.
poesias desembocam, em oceanos tempestivos e despertam seres que se (desafiam) a serem humanos.
Vides que poetas somos todos nós que saímos nas madrugadas, antes do período efervescente do sol. Que chegam aos seus trabalhos às vezes, mais degradantes que cansativos.
Se poetas somos todos nós ou todas nós que ficamos felizes em receber 25 centavos para comprar um monte de balas na birosca mais próxima.... Que gloria nossa meninice, dois, três, quatro ou até cinco, seis, sete anos de idades.
Mas poetas somos todas nós que aguentamos um dia de trabalho e no fim do mesmo, lutamos contra os abusos, dos que iguais a nós sofrem com os meios que nos locomovem de um canto a outro....
Poetas somos todas nós que ao ver um ente querido, sendo esbaforido, com pólvoras que não as de São João... mas as que saem de um cano às vezes longo outros curtos... Sem entender debruçamo-nos sobre os copos daqueles que amamos...
Poetas somos todas nós, que sem pensar, ou pensando até as últimas consequências, gritamos, chega de esbaforir sobre Minha etnia... Minha cor... Minha classe.. Essas pólvoras malditas, Chegaaaaaaaaaaaa.....
Poetas somos todos nos, que se diz poetas, pela escrita e que fazem dessa, seu meio de vida... Ora se o filósofo disse que todos nós somos filósofos, porque não todos nós sermos poetas?
Poetas somos todas nós que queremos que do nosso corpo saia um fruto que será amado até nossas últimas consequências... Mas poetas somos todas nós que queremos adotar esse mesmo ente que se encontra perdido ou escondido nas casas de proteção... Ou até mesmo as que não querem ter frutos, mas glorificam os que pode ver diante de seus olhos...
Assim... poetas somos todos nós que se diz poetas... e que faz da poesia uma poesia sem precisar ser poeta... mas já sendo poeta...poetas somos todos nóoooooossssssssssss.
Tatiana Costa e Wagner Maia. 
 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Uma Paixão Boba, mas Escondida!




 
Se não lhe conto que sou apaixonado por você, deve ser porque tenho medo de perdê-la....

Se por ventura penso nas suas falas ou carinho, deve ser porque tenho muitos desejos por ti...

Não choro para não ser chamado de bobo... O, que bobeira minha de ter medo de ser chamado de bobo...

Bobo embasbacado pela sua fala, sorriso, andar, etcccccc...

Meu amor, estar escondido esperando a hora certa para comunicar-lhe sobre sua força que cresse em nível aritméticos...

Assim, sou aquele homem que é apaixonado, carente, mas consciente no que devo falar e o que não devo...

Mas que homem bobo sou eu que não falo a verdade e que escondo meus sentimentos... É, sou eu, homem bobo mas apaixonado como qualquer dos falastrões da vida alheia....  


Wagner Maia da Costa.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A Imperfeição dos Homens



Pobre homem que pensava que suas vestes eram mais perfeitas que o mais calmo dos caipiras...

Oooooo Homem fraco, pensa que seus sentimentos jamais podem ser expostos...

Chorar nem pensar.. é coisa de homem frouxo...

Triste homem que esconde seus sentimentos por causa do machismo exacerbado...

Tocar-se nas flores, deve ser porque estou podando-a... acariciá-la, deve ser para espantar os bichos... Se der para um ente querido, deve ser porque meu receptor é agricultor...

Pobre homem que esconde seus sentimentos, mas consegue maltratar seu mais inocente filho, ou o mais querido dos companheiros ou companheiras...

Pobre Homem que com seus versos se esconde para não lutar pelos seus desejos...

Se vires homens com esses defeitos... é porque estamos na incompletude da vida....

Wagner Maia da Costa....

domingo, 13 de maio de 2012

Mãe, Independente do Tamanho, Ela é Superiora



Quando pequeno espelhava-me na minha mãe por diversos motivos, saia cedo para o trabalho, quando chegava tinha que trabalhar duas vezes para dar conta de todos nós crianças levadas.
Na medida que fui crescendo, passei a admirá-la, mas por outros motivos que não a dos trabalhos excessivos, mas pela luta incessante de uma mulher negra, pobre e mãe de mais de três filhos. A luta era para desfazer as impressões que muitos que até nos admiravam tinha sobre nós. “Esses serão bandidos, Esses serão ninguém”.
Hoje, após uma vivência relativamente consolidada, percebo que as lutas de nossas mães serão intermináveis em prol de seus filhos, que por muitos não fazem ou não tiveram a oportunidade de fazer por onde.
Contrariamente ao senso comum, mãe é mais que uma, se transforma em muitas para proteger o que a mesma tem de mais valioso, seu prodígio filho. Para todas as mães inclusive é claro a minha, que esse dia seja mais um de tantos outros que virão. Parabéns a todas as mães do mundo. Fica aqui um singelo agradecimento. 

Wagner Maia da Costa.

sábado, 12 de maio de 2012

“Estamira” Documentário.


Estamira, uma mulher como muitas nesse país de dimensões gigantescas, e que  guarda todos os complexos de uma sociedade marcada na contradição.

Abusada quando criança, vive no submundo da qual a mesma chama de seu lugar predileto. Aprendeu a viver em locais onde a dita higiene passa por muito longe.

Estamira, mulher ser humano, gente, catadora de lixo, lúcida, criativa, maluca, certa, errada, mas acima de tudo personagem de muitas caras nesse país complexo.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

" PÁGINAS DE TINTA ": Entrevista com NERO

" PÁGINAS DE TINTA ": Entrevista com NERO: Blog trás hoje um representante da geração 2000, que não foi o mesmo que pois fogo em Roma, mas está incendiando a cidade.  Qual seu xarpi?...

sábado, 21 de abril de 2012

Se Eu não Rabisco, Eu os Fotografo!!!


A cidade já não me encanta com suas obras faraônicas muito menos, pela sua arquitetura.  Quem olha de seu rodapé se perde pela imensidão.
Hoje meus olhares estão direcionados, aos códigos vistos nos muros, marquises, monumentos etc. Dando vida a esses lugares esquecidos pela população.
Esses códigos hora vistos por boa parte da sociedade como vandalismo, hora vistos como rebeldia. Esses que me encanta pela sua sutileza, suas arestas retas e sua forma de conduzir as letras com todo cuidado de não borrar.
A arte de rabiscar esses lugares inusitados, remete aos seus atores uma espécie de adrenalina, coragem e um enorme prazer em dar seus Roles pela cidade, que dorme ao anoitecer e vive ao amanhecer.
Esses códigos, extrapolaram a grande metrópole e chegaram nas mais calmas das cidades. Traz elementos novos para esses cenários nem sempre conhecedores desses códigos.
A noção do que é liberado, e do que é proibido, nem sempre leva em consideração sua estética, mas um poder intrínseco nas arestas das sociedades. A arte, é mais do que permissão, ela é uma espécie de transgressão misturada com prazer individual e coletivo.
 
Por: Wagner Maia da Costa.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

O Desencanto da Cidade


A cidade já não me encanta mais com sua arquitetura gigantesca, menos ainda, obras faraônicas que nossos governantes tentam empurra-las para as pessoas. 
Hoje, a cidade me encanta pelos seus códigos, expressados pelas paredes, marquises e outros lugares que mal se pode imaginar como foram postos ali.

A cidade é feita de reversos, formada pelo relevo da discriminação, está a todo o momento sendo construída e destruída num intenso maremoto de atitudes, sejam essas, boas ou ruins.

Essa cidade nos afoga com seus cadáveres postos pelas calçadas, e que mal podem comer seu pão deixado pelos trabalhadores indo para seus ambientes de escravidão moderno.
Os códigos estão nesse ambiente inóspito, afirmando que existem artistas que sobrevivem e expressam suas artes, tão estigmatizadas pela sociedade.




Por: Wagner Maia da costa

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Operação Mão no Peito!


Acostumado com trajetos de minha casa até a Faculdade, vendo os arranhas céus e a favela da Mangueira que corta a cidade com sua paisagem única.
O Semaforo já não me incomoda, sei quando é para seguir, quando para ficar ou até mesmo quando passá-lo em seu momento de sinal vermelho.

Pois bem, próximo da Universidade, um acontecimento me deixou um pouco frustrado ou até mesmo, sem saber o que fazer.

Indo em direção a UERJ, quando em minha direção contrária veio uma mulher, aparentemente bem aperfeiçoada, com trajes que ninguém suspeitaria que seria, não sei dizer preconceituosa, ou assustada por ter um negro vindo em sua direção.

Ma sua ação me aguçou uma discussão sobre antecipação da criminalização do negro.

A mesma quando próxima de mim, colocou sua mão ao peito para que seu cordão fosse protegido. O fato de está perto de um negro, pode lhe causar um pouco de medo, ou até mesmo, cobiçá-la a tomar algumas atitudes para que seus pertences sejam protegídos.

Fato é que, imaginar que existe negro que em seu momento de desespero cometem furtos é bem comum em uma cidade como a do Rio de Janeiro, o porém, é associar negro a ladão, trambadinha, marginal (esses apelidos nada legal) e que cujo a probabilidade do mesmo me roubar é grande.

Essa antecipação da criminalização, parece ser um problema cultural de nosso país e pricípalmente de nosso Estado, cujo as ações de quem deveria sanar esse problema deixam a desejar.

Ser negro não necessáriamente significa ser uma pessoa a margem da lei, mas parece que a sociedade não os encara dessa forma, e quanto mais os ver longe do sociabilidade da cidade, mais essa última se sente confortável.

Por: Wagner Maia da Costa.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Uma Sociedade que Clama por uma Luta Pedagógica!


Meus trabalhos recentes provaram-me que a sociedade clama por uma luta pedagógica, isso não se trata de bons doutores nas diferenciadas áreas acadêmicas.

A sociedade clama por uma mudança que se extrapola num dia-dia quase que continuo. As queixas partem das pessoas mais simples e se dissolvem nos lares mais humildes da mais pacata cidade do interior. Sua luta, é por um ir e vir do trabalho seguro, e de que seus lares estão cobertos por uma harmonia de saberes exemplares.

Seus filhos clamam por uma boa escola, uma boa referência cultural. Algo que os tiram de um beco enclausurado e que os fazem pensar que seu dia-dia é uma construção continua e crítica.

Uma fala nas minhas últimas pesquisas, mostrou-me que a sabedoria, pode vir do mais culto doutor, até o mais humilde analfabeto. Este último que se enquadra nos submundos dos anormais, perante a sociedade excluidora, de vez em quando dar lição de moral a esta última, e mostrando-a que seu saber deve ser encorporado aos demais pensamentos.

As pesquisas podem nos mostrar muito da nossa sociedade, desde a alta taxa de analfabetismo, até um preconceito que é velado no simples dizer “Aqui nós não temos isso!” Essa regra soa como um denominador comum para desmistificarem as pesquisas e as enquadrarem num monte de papel que trás o superficial da sociedade.

Mas por outro lado, os ensinamentos do dia-dia, podem nos trazer bons frutos de um trabalho que ao meu ver deve ser pedagógico e continuo. Se a sociedade torna seus preconceitos velados num simples dizer “Isso aqui não tem!”, a mesma pode desfazer esse casulo criado por todos nós indivíduos que a compõem. Esse trabalho mais que pedagógico, deve ser estendido em cada rua e praça, para que possamos refletir em que sociedade estamos e em que momentos chegamos.

Por: Wagner Maia da Costa.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Num dia Expressivo sendo Tratadas como Personificação de um Objeto de Desejo.


No dia internacional da mulher que deve realçar as lutas que vão desde Rosa luxemburgo, até Dona Maria que viu sua casa sendo destroçada por uma avalanche no Morro do bumba, assim como tantas outras mulheres que sofrem no dia dia e mesmo assim, vivem lutando para um mundo menos escroto, é o tempo todo caricaturado.

A televisão insiste em mostrar uma mulher de biquine, e com ares carnavalescos como representação. Deixa-se bem claro que sou um amante do carnaval, o que se deve ater é numa leitura crítica da personificação imagética do carnaval como representação da pátria e sendo assim das mulheres brasileiras como sendo o carnaval em pessoa.

As vicissitudes de uma garra que ultrapassa nossos nove meses no máximo até o nascimento do prodígio filho que a mesma o tratará como jóia rara, independente do que esse último faça, não é reconhecida por uma sociedade que cai num esquecimento imagético do momento.

Os atropelos que vão desde uma agressão do seu conjugue até um ensinamento ortodoxo que as enquadram como sendo "boas moças" e para as que ultrapassam essas barreiras são chamadas de possível "safadas", "fácil", entre outros apelidos que se entenderia por uma sociedade extremamente machista e preconceituosa. A mulher e principalmente a brasileira em "pesquisa recente, é a mais otimista do mundo", isso deve ser encarado com bastante brilho, se não esquecermos dos excessos de transtornos que as mesmas vem passando ao longo de um histórico percurso que ultrapassa séculos.


A imagem da mulher não deve estar enquadrada num só ar de luta, agressividade com as durezas da vida, muito pelo contrário deve-se realçar também outra lado de tantas que com sua delicadeza, sem deixar de serem bravas, permanecem encantadoras, onde num simples passar de batom se transformam numa musa expressiva, isso no nosso imaginário, pois as que não passam os famosos produtos estéticos conseguem reter o mesmo brilho. Seu não esquecimento quanto guerreira e formosura talvez seja nossa principal assimilação quando tentamos lembrar de um rosto feminino e querido por todos nós.
Portanto, as datas podem ser um mero clique de um dia como outro, mas também podem expressar o que temos de mais valioso e nem por isso, os tratamos como devem. as mensagens ultrapassam barreiras, que vão desde um ser vaidoso até o mais simples do interiorano. As formas de homenagea-las podem ser diferenciadas, mas a clareza de que precisamos olha-las como admiradores e companheiros em prol de uma luta que talvez seja pedagógica, mas sem deixar de ser prazerosa.