Acostumado com trajetos
de minha casa até a Faculdade, vendo os arranhas céus e a favela da
Mangueira que corta a cidade com sua paisagem única.
O Semaforo já não me
incomoda, sei quando é para seguir, quando para ficar ou até mesmo
quando passá-lo em seu momento de sinal vermelho.
Pois bem, próximo da Universidade, um acontecimento me deixou um pouco frustrado ou até
mesmo, sem saber o que fazer.
Indo em direção a UERJ,
quando em minha direção contrária veio uma mulher, aparentemente
bem aperfeiçoada, com trajes que ninguém suspeitaria que seria, não
sei dizer preconceituosa, ou assustada por ter um negro vindo em sua
direção.
Ma sua ação me aguçou
uma discussão sobre antecipação da criminalização do negro.
A mesma quando próxima
de mim, colocou sua mão ao peito para que seu cordão fosse
protegido. O fato de está perto de um negro, pode lhe causar um
pouco de medo, ou até mesmo, cobiçá-la a tomar algumas atitudes
para que seus pertences sejam protegídos.
Fato é que, imaginar que
existe negro que em seu momento de desespero cometem furtos é bem
comum em uma cidade como a do Rio de Janeiro, o porém, é associar
negro a ladão, trambadinha, marginal (esses apelidos nada legal) e que cujo a probabilidade do
mesmo me roubar é grande.
Essa antecipação da
criminalização, parece ser um problema cultural de nosso país e
pricípalmente de nosso Estado, cujo as ações de quem deveria sanar
esse problema deixam a desejar.
Ser negro não
necessáriamente significa ser uma pessoa a margem da lei, mas parece
que a sociedade não os encara dessa forma, e quanto mais os ver
longe do sociabilidade da cidade, mais essa última se sente
confortável.
Por: Wagner Maia da
Costa.