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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Operação Mão no Peito!


Acostumado com trajetos de minha casa até a Faculdade, vendo os arranhas céus e a favela da Mangueira que corta a cidade com sua paisagem única.
O Semaforo já não me incomoda, sei quando é para seguir, quando para ficar ou até mesmo quando passá-lo em seu momento de sinal vermelho.

Pois bem, próximo da Universidade, um acontecimento me deixou um pouco frustrado ou até mesmo, sem saber o que fazer.

Indo em direção a UERJ, quando em minha direção contrária veio uma mulher, aparentemente bem aperfeiçoada, com trajes que ninguém suspeitaria que seria, não sei dizer preconceituosa, ou assustada por ter um negro vindo em sua direção.

Ma sua ação me aguçou uma discussão sobre antecipação da criminalização do negro.

A mesma quando próxima de mim, colocou sua mão ao peito para que seu cordão fosse protegido. O fato de está perto de um negro, pode lhe causar um pouco de medo, ou até mesmo, cobiçá-la a tomar algumas atitudes para que seus pertences sejam protegídos.

Fato é que, imaginar que existe negro que em seu momento de desespero cometem furtos é bem comum em uma cidade como a do Rio de Janeiro, o porém, é associar negro a ladão, trambadinha, marginal (esses apelidos nada legal) e que cujo a probabilidade do mesmo me roubar é grande.

Essa antecipação da criminalização, parece ser um problema cultural de nosso país e pricípalmente de nosso Estado, cujo as ações de quem deveria sanar esse problema deixam a desejar.

Ser negro não necessáriamente significa ser uma pessoa a margem da lei, mas parece que a sociedade não os encara dessa forma, e quanto mais os ver longe do sociabilidade da cidade, mais essa última se sente confortável.

Por: Wagner Maia da Costa.