Minha caminhada pela cidade metropolitana e na busca pelos códigos nela
estampados. Nas placas de sinais de trânsito, vejo que hora posso seguir que
hora devo permanecer parado.
Pelas calçadas, vejo as placas de sinalizações que indicam quais ruas,
estabelecimentos e outros pontos diferentes que nos torna mais eficientes nos
destinos procurados.
Nas placas das universidades, tenho a noção se é pública ou privada, de
boa ou má qualidade, se tem professores reconhecidos ou nem tanto. Os códigos servem
para esconder as reais situações engendradas nesses ambientes.
Os códigos são expressões de uma sociedade cada vez mais manipuladas
pelos enigmas que escondem um amplo conteúdo desses possuidores de códigos.
No entanto, há de se dizer que possuem códigos que devem ser combatidos. Esses
códigos variam de tempo em tempo. Fora o grafite nas décadas passadas, assim
com a capoeira no século XIX. Hoje se têm como combate a pichação.
Os motivos desses combates estão na relação de depredação do patrimônio público,
ou e do privado.
Esses códigos mais do que sujarem a cidade, a transforma numa caverna do
século XXI. Pois bem, traçar-se-á as contribuições desses códigos que a todo o
momento tentam combater uma ditadura da estética da beleza, estampada em suas
marcas e sensações de insuficiência da população em usufruir dos códigos naturais
da cidade.
As pichações mais do que fugir desses códigos, criam novos códigos que
muitos desses podem ser entendidos pelo público exterior, outros de cunho
extremamente de entendimento dos pichadores.
Mais do que fugir dessa estética, é dar possibilidade de vermos novas
estéticas expressadas pela cidade e seus arredores.
A cidade precisa saber conviver com seus códigos que nada mais são que as
complexidades de sua existência, mais do que material, escondem as contradições
simbólicas das relações sociais de hierarquias.
Wagner Maia da Costa