Na imensidão do livro...
Desemborcado pelo romance... Passando pelo drama... Chega a tragédia...
É puro sangue que desse no
descompasso do meu paladar... Como consigo? O leio através dos pontinhos que
significa algo mais que enxergar...
Já são algumas horas dessa
terrível madrugada que não acaba, não chega esse dia tão cansativo que mal
espero que acabe...
Um suspiro... Uma leitura...
Várias baforadas num charuto que já nem parece exalar um odor aromático...
Estou embriagado com alguns copos de um vinho barato... É o que dava para ser
comprado..
É pura leitura, já não sei
mais que página estou? Sinto-me desesperado... Minha mente deseja continuar...
Meus olhos mais do que tudo necessitam de pausa... Quem sabe meses para
refletir sobre o que ando lendo...
Consome-me sem me dizer para
que veio... Suga-me sem me pedir perdão... Pobre leitor... Sou da geração que
não está acostumada com inúmeros e inúmeros espaços de concatenações de
palavras... Não as entendo... Socorro... Resolvi pedir ajuda ao mais iletrado
dos mais humildes...
Então viestes, o mais
humilde dos mortais... Tu eis amigo de minha mãe, que já fora minha avó... hoje
serve-me como pai...
Ando-me cansado pobre
caçador de palavras... Estou fraco, tenho medo de não conseguir se quer
terminar esse admirável livro...
Não se preocupe caro jovem
das pernas acinzentadas... É sinal que as palavras já te consumiram... Não crie
resistência, apenas leia até sua mente se desfazer num submundo, onde só os
verdadeiros poetas sabem viver...
Wagner Maia.
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