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sábado, 21 de abril de 2012

Se Eu não Rabisco, Eu os Fotografo!!!


A cidade já não me encanta com suas obras faraônicas muito menos, pela sua arquitetura.  Quem olha de seu rodapé se perde pela imensidão.
Hoje meus olhares estão direcionados, aos códigos vistos nos muros, marquises, monumentos etc. Dando vida a esses lugares esquecidos pela população.
Esses códigos hora vistos por boa parte da sociedade como vandalismo, hora vistos como rebeldia. Esses que me encanta pela sua sutileza, suas arestas retas e sua forma de conduzir as letras com todo cuidado de não borrar.
A arte de rabiscar esses lugares inusitados, remete aos seus atores uma espécie de adrenalina, coragem e um enorme prazer em dar seus Roles pela cidade, que dorme ao anoitecer e vive ao amanhecer.
Esses códigos, extrapolaram a grande metrópole e chegaram nas mais calmas das cidades. Traz elementos novos para esses cenários nem sempre conhecedores desses códigos.
A noção do que é liberado, e do que é proibido, nem sempre leva em consideração sua estética, mas um poder intrínseco nas arestas das sociedades. A arte, é mais do que permissão, ela é uma espécie de transgressão misturada com prazer individual e coletivo.
 
Por: Wagner Maia da Costa.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

O Desencanto da Cidade


A cidade já não me encanta mais com sua arquitetura gigantesca, menos ainda, obras faraônicas que nossos governantes tentam empurra-las para as pessoas. 
Hoje, a cidade me encanta pelos seus códigos, expressados pelas paredes, marquises e outros lugares que mal se pode imaginar como foram postos ali.

A cidade é feita de reversos, formada pelo relevo da discriminação, está a todo o momento sendo construída e destruída num intenso maremoto de atitudes, sejam essas, boas ou ruins.

Essa cidade nos afoga com seus cadáveres postos pelas calçadas, e que mal podem comer seu pão deixado pelos trabalhadores indo para seus ambientes de escravidão moderno.
Os códigos estão nesse ambiente inóspito, afirmando que existem artistas que sobrevivem e expressam suas artes, tão estigmatizadas pela sociedade.




Por: Wagner Maia da costa