A cidade já não me encanta com suas obras faraônicas muito
menos, pela sua arquitetura. Quem olha
de seu rodapé se perde pela imensidão.
Hoje meus olhares estão direcionados, aos códigos vistos
nos muros, marquises, monumentos etc. Dando vida a esses lugares esquecidos
pela população.
Esses códigos hora vistos por boa parte da sociedade como
vandalismo, hora vistos como rebeldia. Esses que me encanta pela sua sutileza,
suas arestas retas e sua forma de conduzir as letras com todo cuidado de não
borrar.
A arte de rabiscar esses lugares inusitados, remete aos
seus atores uma espécie de adrenalina, coragem e um enorme prazer em dar seus
Roles pela cidade, que dorme ao anoitecer e vive ao amanhecer.
Esses códigos, extrapolaram a grande metrópole e chegaram
nas mais calmas das cidades. Traz elementos novos para esses cenários nem
sempre conhecedores desses códigos.
A noção do que é liberado, e do que é proibido, nem sempre
leva em consideração sua estética, mas um poder intrínseco nas arestas das
sociedades. A arte, é mais do que permissão, ela é uma espécie de transgressão
misturada com prazer individual e coletivo.
Por: Wagner Maia da Costa.