A cidade já não me encanta mais com sua arquitetura
gigantesca, menos ainda, obras faraônicas que nossos governantes tentam
empurra-las para as pessoas.
Hoje, a cidade me encanta pelos seus códigos,
expressados pelas paredes, marquises e outros lugares que mal se pode imaginar
como foram postos ali.
A cidade é feita de reversos, formada pelo relevo da
discriminação, está a todo o momento sendo construída e destruída num intenso
maremoto de atitudes, sejam essas, boas ou ruins.
Essa cidade nos afoga com seus cadáveres postos
pelas calçadas, e que mal podem comer seu pão deixado pelos trabalhadores indo
para seus ambientes de escravidão moderno.
Os códigos estão nesse ambiente inóspito, afirmando
que existem artistas que sobrevivem e expressam suas artes, tão estigmatizadas pela
sociedade.
Por: Wagner Maia da costa
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