Corpos
cortados e Jazz nos ouvidos
Jazz
nos ouvidos e lágrimas nos olhos.
Noticiário
repetido e dores alheias.
Risos
e mais risos da faceta de ontem...
Bebi
meio copo de água com pimenta.
Corpos
pelo chão, chorume pela calçada.
Uma
cor vagando pelos corredores dos escassos hospitais psiquiátricos.
Corpos
cortados, mentes fazias e dores alheias...
Suicídio
bem perto dos negros trancados nas repartições de grades pelo mundo
a fora...
Seu
nome: Prazer me chamo cadeia...
Seu
sobrenome: Casa de negros.
Apelido:
Lugar onde os mais necessitados moram, ou são trancados.
Profissão:
Sofrimento eterno, desde além mar, nos navios negreiros...
Jazz
nos ouvidos... Máquina em frente e sem inspiração de dizer para o
mundo...
Obrigado
por me fazer sofrer...
Jazz
nos ouvidos e dores alheias.
Sou
negro cortado por navalhas cegas e infectadas pelos piores vírus.
Jazz
nos ouvidos e negros cortados pelo chão.
Prazer
me chamo Pátria Amada e sofrimentos alheios...
Prazer
me chamo cadeia, terra de negros..