Flor que se carrega no ventre, nove, oito há quem diga
sete meses...
Rosa que se alimenta nos seios, seis, sete, oito,
nove, dez, onze, doze... há que diga o dobro...
Luz que se guia, exempla, há quem diga briga... Numa só
fala, um beijo mesmo que na face superior no mais incandescente dos olhares...
Rosa que se faz em
fevereiro... com muito amor a dois... Expõem para esse mundo de escarnecidos
monstros... Um anjo que vem para todos nós em outubro...
Esse último mês, é que se
reconhece o quanto estamos frágeis... O quanto somos meigos... o quanto somos
bobos, com um simples falar: é meu anjo...
Mesmo sabendo que esse
anjo... criastes azas futuramente... Ganhastes o mundo tão grande com suas
dimensões bucólicas e malvadas... O que digo para meu anjo? Que nossos becos e
ruelas, tens as mais perversas das malvadezas?
Que o príncipe encantado se
transformará no mais cruel dos imortais desumanos? Que mesmo sabendo que sois
seu único guia...
O mundo de extrema
maldade... Quantas primaveras terão que dizer as mais promissoras das falas de
ânimos, para que ti vejas mais feliz que a primavera anterior?
Não sabes? Então vos digo,
tu és minha rosa de fevereiro, meu brilho de outubro... Tu és minha para
sempre, mesmo sabendo que desgarrastes de mim brevemente...
Wagner Maia da Costa.