Minhas viagens curtas pela cidade de Saquarema. Logo percebo que meu olhar mais aguçado estava à procura de algo que
me impressionasse, e que me aguçasse as iniciativas da escrita.
Ao longo da viagem não percebi a tão
sonhada diferença, o que me faria saltar os olhos.
Quase no final da viagem, como um bom
estudante de sociologia não desanimei com minha investida.
Ao pegar o ônibus e retornar para
casa, as relações que se processam num universo em que os indivíduos são
lesados e por isso, procuram seus direitos ocorreu no meio da viagem.
Ao dar duas voltas quase que sem necessidade
no entorno da cidade o motorista recebeu os votos de indignação de alguns
passageiros, principalmente uma mulher de aproximadamente 50 anos. Segue a
insatisfação da referida mulher....
Fala da mulher: “Nós não somos otários
motorista, e nem cachorros.”
Fala de outra mulher que acompanhava
a primeira: “É isso mesmo não somos cachorros.”
Fala da primeira mulher: “Querem nos
fazer de ratos, mas nós não queremos”
Segue a última: “O prefeito quer
fazer obras para turista ver, e não para a população de Saquarema.”
O saldo dessa discussão, uma mulher
enfurecida lutando pelos seus direitos, um motorista sem ter o que fazer, pois
estava obedecendo a ordens, eu seguindo meu percurso de viagem, e as melhorias
no transporte público de Saquarema não chegara até aquele referido momento.
Wagner Maia.