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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Uma Cidade limpa, longe do Vandalismo! A onde se Encaixa a Pichação?

Uma Cidade limpa.

Muito tem se falado da cidade do Rio de Janeiro como a cidade limpa, longe do estigma de outrora, com suas representações de sujeiras nas paredes dos monumentos e de outras regiões de previlégios da cidade.

A cidade passa por reconfigurações da estética urbana, em que não abarca algumas manifestações artísticas. Muitas, são vistas como mero comboio de vandalismo, e por assim dizer, tem que ser combatidas. Por conseguinte, a pichação enquadra-se nesse estigma, esta é vista como depredação do patrimônio público e do privado. Dotados de uma ampla capacidade de adrenalina, os pichadores estão a todo momento expressando seus códigos pela cidade.

Entretanto, a mesma no os ver de forma satisfatória, seja por puro preconceito, ou por não conhecer as mensagens que esses, geralmente jovens querem passar.

Na conduta da cultura de rua, que outrora fora tratada com extrema repressão e preconceito, vem tentando romper barreira dentro de uma cidade altamente hierarquizada. As dimensões da estética na cidade metropolitana, possuem suas regras restritas que devem ser obedecidas por sua população. Os códigos dos pichadores no entanto, foge dessa regra, se constituindo em um bem comum ao universo de seus iguais. Longe da dita cidade limpa.

Porém, pensando quanto manifestação artística, essa deve ter total liberdade de manifestação cultural, muito pelo contrário que pensam da pichação de não ter seus limites e códigos implícitos e explícitos, ela é formada por uma estrutura bem significativa em questão de ir contra os dogmas posto na sociedade.

As inúmeras repressões que sempre fizeram parte do aparelho policial no Rio de Janeiro, tende a crescer na medida em que essa revitalização começa a dar seus primeiros passos. A intensificação no combate a pichação e outros grupos de arte popular, está dentro de uma lógica da cidade vendível, mesmo que no seu interior, a mesma guarda um complexo campo de estigma e segregações.

O não entendimento dessas manifestações, já está subjugado como o entendimento da mesma como mero vandalismo, e que deve ser combatido. Parto da perspectiva, que a pichação é mais uma forma de manifestação cultural, e que como todas as de mais guarda seus códigos e sua beleza, que não necessariamente está alocada na questão da estética. Esta última, é só um meio de quem detém o poder da proliferação da arte, lidar com esse campo heterogênio de manifestações culturais.

Wagner Maia de Costa...

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